terça-feira, 10 de abril de 2012

A INTERCESSÃO DOS SANTOS




     Deus permite que atrás, junto com Jesus intercedam por nós os santos do céu e assim é vivida a verdadeira “comunhão dos santos” (santos da terra e santos do céu).
Quando Paulo nos fala que Jesus “é o único mediador entre Deus e os homens” (I Timóteo2, 5-6) Ele quer dizer que Jesus é o único salvador e não o único intercessor. Para confirmar, observe que no versículo 6 o mesmo Paulo fala sobre salvação e não sobre intercessão.
Nesta mesma carta (I Timóteo2, 1-3) Paulo pede para que sejam feitas orações uns pelos outros, também Tiago (5,16) nos diz que quanto mais santo e mais justo for o intercessor, mais eficaz é a intercessão.
Diferentemente do que pensam muitos os santos do céu estão sim vivos,não estão mortos e nem adormecidos “Deus não é Deus de mortos, Deus é Deus de vivos”(Lucas 20,37-38) como ensinou Jesus.É nessa certeza de que quando morremos com Deus é que vivemos para a vida eterna, junto com Deus Pai e todos os santos, gozando dessa honrra. E pelo simples fato de já serem habitantes do céu e estarem intimamente com Cristo eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que receberam aqui na terra pelo único mediador (salvador) dos homens.
Portanto, Jesus nos diz que os santos falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus, pois vivem para Ele. Não estão mortos, nem adormecidos! O livro do Apocalipse também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da ressurreição, suas almas dialogam e intercedem junto a Deus por nos: cf.: Apc 6,9-11; 7,13-15; 8,3-4
Eis aí algumas passagens bíblicas que nos garante a intercessão dos santos falecidos, e que agora estão diante do Trono de Deus. São oferecidas a Deus as orações de todos os santos. Se são de todos os santos, são tanto as orações dos santos da terra (cristãos que levam uma vida santa) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do Trono de Deus). Embora este trecho da abertura dos sete selos esteja se referindo aos santos do Céu (no quinto, sexto e sétimo selos), podemos entender as orações que chegam a Deus, também vindas dos santos da terra, pois é afirmado ser as orações de TODOS os santos.

VENERAÇÃO E CULTO DAS SANTAS IMAGENS




"O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem"
                                          (São Tomas de Aquino)


"A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”


 “Antigamente Deus que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus (...). Com o rosto descoberto, contemplamos a gloria do senhor.”
(São João Damasceno)
Com isso Deus que não se mostrava nos permite representá-lo por uma imagem daquilo que vimos e vivenciamos com Ele, através de seu filho Jesus Cristo que co-habitou entre os homens.
Em Deuteronômio 5,8-10 vemos claramente que Deus revela o seu desgosto total por deuses feitos por mãos humanas, ou até mesmo “deuses humanos” (ex: faraós). Porem não proíbe imagens sacras que são usadas como enfeites para os templos e forma de evangelização principalmente para pessoas que não sabem ler. Além disso, elas servem como estímulo para nossa oração.
Como não falo nada por mim mesmo confira:
Números 21, 4-9;
Êxodo 25,10-22; 26;
I Reis 6, 23-18 ; 7 ,23-26

Deus não é Deus de contradição, Ele não é contra as imagens é sim contra deuses criados por mãos humanas (cantores, dinheiro...). Deus permitiu a instituição das imagens que conduziriam simbolicamente a salvação por meio do verbo encarnado, como a serpente de bronze no deserto, arca da aliança, e os querubins. Resumindo: Quem venera uma imagem, não venera apenas a pessoa nela representada, mais também o amor que essa pessoa tinha em vida pelo evangelho e por Cristo




E para encerrar, pelo mesmos por agora, esse assunto deixo um trecho de um grande sábio da igreja na atualidade. Este trecho resume tudo o que a santa Igreja Católica nos ensina:


“Que fique claro, de uma vez por todas, Deus nunca proibiu imagens, e sim, "fabricar imagens de deuses falsos”. O mesmo Deus mandou que, no deserto, Moisés fizesse uma imagem de uma serpente de bronze (Nm 21, 8-9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (Jo 3,14). Também o rei Salomão, quando construiu o templo, mandou fazer querubins e outras imagens (I Rs 7,29). O culto que a Igreja Católica presta a Deus, e só a Deus, é um culto chamado "latria", isto é, de adoração. Aos anjos e santos é um culto chamado "dulia", de veneração. Maria, como Mãe de Deus recebe o culto de "hiper-dulia", super-veneração digamos, mas que está muito longe da adoração devida só a Deus.”                    

”É claro que o culto por excelência é prestado a Deus, mas isto não justifica que as imagens sejam retiradas das nossas igrejas. Ao contrário, elas nos lembram que aqueles que elas representam, chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus. Assim, as imagens, dão, antes de tudo, glória a Deus.” 




                                            (Prof.Felipe Aquino)

domingo, 8 de abril de 2012

VERDADE SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO


   

 
A Inquisição sempre é um assunto que chama muita atenção talvez pela importância histórica, talvez pela crueldade a ela empregada, mais é bem verdade que há muitas mentiras exageros sobre ela e são essas mentiras e esses exageros que vou tentar desmascarar com fatos históricos reais, e não inventados.
      A Inquisição teve sua origem quando por causa das muitas heresias de pseudos-cristãos no sul da França, os quais acreditavam que tudo o que era material e carnal era fruto do principio do mal, e que precisava ser desprezados e destruídos.
    Nesta linha proibiam o casamento os bens matérias, saqueavam e destruíam fazendas, etc. Tais ações foram crescendo por volta do ano 1000, e começou a provocar reações do povo e dos reis, sem qualquer participação alguma da Igreja.
Começou então, a surgir execuções sumarias por parte de fanáticos e do estado. Os hereges eram então eram queimados em enormes fogueiras (forma de execução aceitável para aquele momento histórico, coisa inaceitável nos dias de hoje).
 O rei Roberto, o piedoso, em 1022, mandou para a fogueira, vários hereges em Orleans. O rei Henrique III, em 1052, enforcou outros, e até meados do século XII, sem nenhuma participação da Igreja. Somente em 1231, o Papa Gregório XI, pressionado, instituiu o TRIBUNAL DA SANTA INQUISIÇAO, e os hereges passaram então, a ter direito de serem julgados por um tribunal da Igreja. Em cada país, o que não era fácil de ser coordenado por Roma, principalmente naquele momento histórico em que não haviam estradas, automóveis muito menos telefone, é claro que com todas essas dificuldades as vezes o tribunal,longe de Roma, agia sem o seu consentimento, muitas vezes por preções políticas dos reis locais, como foi o caso de Santa Joana D’Arc, que foi condenada injustamente e depois foi reabilitada pela Igreja.
Tudo isso acontece por causa da franqueza e da limitação dos homens, erros e interesses políticos ocorrem em todos os povos e em todos os governos (infelizmente) e nem por isso condenamos e julgamos toda uma nação, seria muita iguinorância.
Na inquisição, antes do réu ser entregue ao poder civil, como culpados, ele era submetido a um julgamento dividido em quatro etapas:
1ª- Predica solene ou convocação dos hereges;
2ª- Edito de perdão, o réu tinha chance de se arrepender, e lhe era aplicada uma penitencia como forma de purificação do seu erro;
3ª-Edito de fé, acusação dos hereges pelo povo;
4ª-Auto de fé, a entrega do herege ao braço secular do estado.
Hoje a execução de uma pessoa, por pior que ela seja é vista com maus olhos, porém como eu insisto em repetir, não podemos analisar um período da historia com a mentalidade contemporânea, naquele momento histórico a inquisição era algo normal.
   Portanto ao menos agora os fanáticos e os reis, já não condenavam e executávamos hereges ao seu bel prazer, havia agora um julgamento. O que foi um avanço naquelas circunstâncias.
Esses julgamentos diminuíram bastante o numero de pessoas executadas. Por exemplo, o mais famoso inquisidor o dominicano Bernardo de Guy, em quinze anos, proferiu 930 sentenças entre elas houve 139absorvições, 132penitencias, 152 peregrinações, 307 prisões 42 entregas ao poder civil para a execução, ou seja, apenas 4%de condenações (cf. HISTORIA DA IGREJA) Antes do tribunal criado pela Igreja essas 930 pessoas seriam condenadas a morte sem qualquer julgamento.
Há uma parte na historia que os professores nem sequer comentam em sala de aula.
João Calvino para implantar o protestantismo a seu modo, em Genebra, Suíça em 15/08/1553 mandou o líder católico Miguel Servent e mais de 50 pessoas para a fogueira. (iden, pag.402)
        
“Inquisição, a época implantou e acolheu.”